É a atenção da criança às atividades sonoras do significante que marca neste período a fonetização da escrita (descoberta dos sons da fala), que se inicia com um período silábico e culmina no período alfabético.
A criança chega a hipótese de que a escrita representa a fala.
É o momento em que a criança faz a correspondência da escrita com a fala, sendo a fase mais importante da alfabetização. A criança começa a descobrir que as partes da escrita (suas letras) podem corresponder a outras tantas partes da palavra escrita (suas sílabas).
A criança formula a hipótese de que cada letra ou sinal vale por uma sílaba. Num primeiro momento, as grafias são diferenciadas sem que as letras tenham seu valor sonoro convencional.
Num grau de evolução maior, as crianças empregam nas suas grafias vogais e até consoantes tendo já o seu valor convencional. (Empregam vogais ou consoantes das sílabas das palavra que querem escrever).
ESTA HIPÓTESE SILÁBICA É IMPORTANTE, POR DUAS RAZÕES:
1º) Permite obter um critério geral para regular as variações nas quantidades das letras que devem ser escritas.
2º) Centra a atenção da criança nas variações sonoras entre as palavras.
Observações: Nível silábico não significa capacidade da criança para compreender e assimilar sílabas. Ela percebe sílabas (pedacinhos da palavra) no oral e não na escrita. Cabe ressaltar aqui que o trabalho com famílias silábicas (cartilha) nessa fase é inócuo e improdutivo. A criança, mesmo treinando as famílias incansavelmente, não as emprega na sua escrita silábica. as crianças neste nível evoluem através de jogos com o alfabeto e sílabas móveis, que lhes permitem construir e comparar palavras, sílabas, separar palavras e outras atividades envolvendo a consciência fonológica para este nível de escrita.
Cada aluno tem uma forma própria de aprender, e isto tem que ser conhecido e respeitado pelo professor.
Para a criança passar do nível silábico para o nível silábico-alfabético é, imprescindível que ela descubra a construção da sílaba. isto lhe será possibilitado nos jogos e uso do alfabeto ou sílabas móveis.
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SAIBA MAIS:
FONTE:
FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. A psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.
PICOLLI, Luciana; CAMINI, Patrícia. Práticas pedagógicas em alfabetização: espaço, tempo e corporeidade. Porto Alegre: Edelbra, 2013.